quarta-feira, julho 27, 2005

Prólogo

Já há muito tempo que acompanho a evolução da blogosfera e da sua crescente importância no quotidiano das nossas vidas.

Acho simplesmente fascinante poder encontrar pessoas que fazem questão de querer partilhar os seus sentimentos, as suas experiências vividas, os seus ideais, as suas inquietudes e medos a um sem número de desconhecidos, alguns seus amigos, mas na maioria, desconhecidos…

Os bloguistas não sabem, e nem querem saber, os seus nomes, quem são, o que fazem, quais as suas motivações. Nada disso importa no mundo da blogosfera, querem simplesmente partilhar… nem que seja para uma só pessoa.

Tentei, por várias vezes, nestes últimos três anos, fazer parte desta comunidade, tentando construir um blog à minha imagem - um blog que fosse sentido e verdadeiro, crítico, mordaz, corrosivo e controverso, todavia sempre apaladado com uns bons salpicos de humor para não provocar nenhuma congestão -. Porém, tentativas essas, acabaram sempre por sair goradas... ou por falta de tempo e disponibilidade ou, simplesmente, por não ter conseguido entregar-me de corpo e alma à minha escrita.

Daí poder interrogar-me se, desta vez, as coisas poderão ser diferentes. Acredito que sim. Prometi a mim mesmo que iria direccionar todos os meus esforços para dar vida a este blog.

A razão pela qual dei o titulo ao blog de “O Nada da Questão” é, sobretudo, porque tenciono abranger variadíssimos temas, que no fundo, não passam de meros “nadas” da nossa vida quotidiana, sem me restringir unicamente a um assunto, dando, deste modo, total liberdade à minha imaginação.

Sejam bem-vindos ao mundo do BigHel!


"Escrever é também não falar. É calar-se. É gritar sem ruído."
Marguerite Duras

4 comentários:

Anónimo disse...

Olha, olha, quem tem o blog, quem é.... e tudo começou com a velha e mítica questão dos boxers vs cuecas ahahah (então e o bidé, aindas usas ao contrário?)

Bighel disse...

Obrigado Jorge pelas tuas palavras... Fica descansado que irei focar este tema dos Boxers Vs Cuecas.

Anónimo disse...

A existência do blog foi-me dada a conhecer por um amigo que pelos vistos é comum. Deu-me prazer ler as duas "crónicas", mas tocou-me especialmente o Prólogo, cujo conteúdo, apesar de já ter uns tempos, presumo se mantenha actual. Foi especialmente gratificante ler um texto bem escrito, sem erros de ortografia ou de sintaxe. Também eu comungo do sentimento da Margarite Duras e dos que estão expressos ao longo de todo o prólogo - para alguns é inevitável partilhar - as vivências, os sentimentos, as emoções e as tristezas - com ninguém em especial e ao mesmo tempo com todos os que nos quiserem ler. Não sei o que seria de mim sem escrever e um dia, já está prometido a mim mesma, escreverei um livro do qual constarão textos avulso que guardo há muitos anos e que em muitas ocasiões não escondem a muher que sou. A nossa postura perante a vida (pelos vistos comum) é rara nos tempos que vão correndo e escasseiam as mentes que entendem a escrita como uma arte e simultameamente como um poderoso instrumento de partilha que tem a enorme virtude de ficar registada.

ARC

Anónimo disse...

A "Anonymous" continua: vamos aproveitar a coragem (mais de uns que de outros) e a aptência para escrever com que fomos bafejados, para continuar a dinamizar o blog, incentivando outros a deixarem o seu testemunho. Talvez o tal livro comece aqui... Há porventura muitos assuntos sobre os quais gostaria de falar, mas não ouso fazê-lo sem que seja o "dono" do blog a dar o mote.... deixo, no entanto, um pequeno "flavour" - o mundo das relações entre as pessoas (tema não tão "light" nem divertido, quanto a problemática dos boxers vs cuecas!!, mas igualmente importante). As relações (por vezes) tortuosas que se vivem nas empresas, com reflexos directos nas relações entre marido e mulher, entre amigos e amantes (que tantas vezes se confudem), entre pais e filhos, etc. etc.. A "promiscuidade" dessas relações que se baralham e confudem, especialmente em empresas com médias etárias baixas e que acabam frequentemente por se transformar em relações penosas cujos desfechos teimam em ser dolorosos, em destruir amizades e em tardar.

Fica o "mote" para que quem de direito se pronuncie...

arc