tag:blogger.com,1999:blog-148759742024-03-13T16:02:32.014+00:00O Nada da Questão...Bighelhttp://www.blogger.com/profile/01810418745840014644noreply@blogger.comBlogger25125tag:blogger.com,1999:blog-14875974.post-10185966790860553282011-03-07T10:43:00.001+00:002011-03-07T10:43:30.332+00:006º CAMPEONATO NACIONAL DE ESCRITA CRIATIVA: 3º DESAFIOOs dedos perfilam-se sobre o teclado, imóveis. O documento encontra-se em branco.<br />
<br />
<i>Como vou entregar este artigo para a Redacção do Jornal, se não consigo tirar a tua imagem da cabeça? Não, não e não... Basta! É hora de expulsar-te de mim, de me libertar das amarras do passado, arrancar esses espinhos com que me dilaceraste o coração e ficar concentrado na escrita.</i><br />
<br />
Sem fazer prever, os dedos ganham vida, pressionando tecla por tecla, numa sinfonia perfeita, o título do documento "Os Mistérios da Cidade de Lisboa". De seguida, voltam a parar.<br />
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<i>O nosso primeiro encontro, quem diria, num comboio a caminho de Lisboa. Os meus olhos fitaram os teus, absortos pela beleza do teu rosto. Envergonhada, escondias-te atrás do livro que tinhas em mãos. Não aguentei, enchi-me de coragem e apresentei-me. Foi o princípio da nossa história.</i><br />
<br />
Estremeço.<br />
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<i>O nosso primeiro jantar, as nossas primeiras juras de amor, o nosso primeiro beijo. Lábio por lábio, duas línguas dançantes e um beijo teu com um trago a manteiga. Sim, manteiga, foi a que me soube o teu primeiro beijo. <br />
<br />
Maldita sejas pela dor que me estás a causar. Vou ligar o rádio, talvez a música me ajude a abstrair-me de ti e voltar a encher o jarro de água, que me fazes secar a boca e a alma.<br />
<br />
Uma pergunta e muitas respostas. Porque partiste? Saíste pela porta fora, deixando entranhado o teu aroma na almofada e o suor nos lençóis, desconhecendo que te possuiria pela última vez.<br />
<br />
Não acredito no que estou a ouvir, está a passar aquela música, a nossa música, que tu não sabes que é a nossa. Não me permitiste partilhá-la contigo.<br />
<br />
Sempre me disseste que não acreditavas no amor, afirmando que só os parvos poderiam acreditar nesse sentimento, que para ti não passava de hipócrita, comodista e fingido. Pois, minha querida, eu sou um parvo por crer que é possível amar incondicionalmente e que o destino de duas pessoas se possa entrelaçar num só.</i><br />
<br />
Os dedos descarregam a fúria recalcada pelo tempo, enquanto que as lágrimas, teimosas, desbravam caminho pela face abaixo.<br />
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<i>Entraste na minha vida e roubaste um pedaço de mim sem pedir perdão, sem dar explicações, deixando-me cruelmente indefeso. Não, não, não. Basta! É hora de expulsar-te de mim! </i><br />
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Leio o que acabei de escrever: “Amo-te Carla”.<br />
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Desisto.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14875974.post-68464687499506161722011-02-28T00:43:00.002+00:002011-03-01T11:18:51.156+00:006º CAMPEONATO NACIONAL DE ESCRITA CRIATIVA: 2º DESAFIO - "Mulher sem Pátria, Mulher do Mundo"Uma mulher tremendamente determinada e focalizada, obsessivamente, na sua carreira, está no aeroporto quando é anunciado que o voo que a iria levar para o outro lado do mundo, para o encontro mais importante da sua vida profissional até hoje, foi cancelado. O que faz ela agora?<br />
(máximo: 400 palavras)<br />
<br />
Ainda perplexa, Adélia de Sousa observava o painel electrónico das Partidas e Chegadas na esperança que tudo não passasse de um mero engano, desvanecendo-se, contudo, à medida que as pessoas se iam afastando da fila do check in, resignadas.<br />
<br />
«E agora?», indagou, rodopiando-se sobre si mesma à procura de respostas. O que conseguiu encontrar foi um corrupio de gente sem rosto, passando por si; uns de partida com a bagagem carregada de sonhos, outros acabados de chegar desejosos de abraçar e beijar a saudade. Prostrada, naquele mar vivo de histórias anónimas, fechou os seus olhos e, por momentos, deixou-se embalar pelo movimento à sua volta, entregando-se de corpo e alma aos seus pensamentos. «Como cheguei até aqui?» <br />
<br />
Adélia nascera e vivera feliz nos seus primeiros anos de vida em Angola. Porém, no dia do seu décimo segundo aniversário, recebera a notícia que teria de abandonar apressadamente o seu país com a sua mãe. «O que se passa? Porque é que o pai não vem connosco?», perguntava à sua mãe, chorosa, enquanto arrumava as suas vestes na mala de cartão. «Esta terra deixou de ser nossa, filha, mas o teu pai vai ficar por cá para não deixar que estraguem os teus brinquedos.» Fora a última vez que vira o seu pai com vida.<br />
<br />
Passara a sua adolescência em Portugal. Porém, sofrida com a tacanhez que viria a encontrar nesta sua nova realidade, decidira, uns anos mais tarde, concluir os seus estudos em Inglaterra. Desde cedo mostrara essa sede de vencer, que tanto o seu pai lhe instigara em vida.<br />
<br />
Após ter terminado os seus estudos com nota de mérito, Adélia construiu a sua carreira além fronteiras, tornando-se numa referência de competência, responsabilidade e de astucia para as gerações vindouras, que viam na sua pessoa um modelo a seguir.<br />
<br />
Ser solteira sempre fora uma opção. Apesar de raiar beleza e sensualidade por onde passasse, não permitira que o seu coração lhe atraiçoasse por homem algum, limitando-se a saciar os seus desejos em encontros fugazes e noites carnais.<br />
<br />
"Uma mulher sem pátria, uma mulher do mundo", era assim que Adélia gostava de se definir.<br />
<br />
Agora, com 47 anos de idade, tinha em mãos o maior desafio profissional pela frente, uma proposta para um cargo de chefia numa multinacional japonesa e, certamente, não seria um voo cancelado que iria fazê-la desistir.<br />
<br />
Reparou que as gentes sem rosto continuavam a deambular à sua volta, como se Adélia fosse invisível. Afinal, também ela era uma história anónima...Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14875974.post-58442160144554564122011-02-23T15:49:00.002+00:002011-02-23T20:33:21.236+00:00A publicar o meu primeiro post via Android PhoneModernices... e cada vez com menos desculpas para não escrever.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14875974.post-85312324166993095992011-02-20T19:15:00.008+00:002011-02-22T00:56:44.437+00:006º CAMPEONATO NACIONAL DE ESCRITA CRIATIVA: 1º DESAFIO - PLANO INFALÍVEL<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/--PjSpT5La-E/TWMJr_ybDmI/AAAAAAAAAG4/RAL46PdZM7k/s1600/tentativa%2B1.2_peq.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="300" width="400" src="http://4.bp.blogspot.com/--PjSpT5La-E/TWMJr_ybDmI/AAAAAAAAAG4/RAL46PdZM7k/s400/tentativa%2B1.2_peq.jpg" /></a></div><br />
<br />
Um dia, chega a casa e começa a ouvir as mensagens que tem no seu gravador de chamadas. Quando chega à terceira mensagem, fica parado, sem reacção. Comece a história a partir daqui. <br />
<br />
(máximo: 400 palavras)<br />
<br />
«Não... mas como é possível?» Incrédulo no que acabara de ouvir, voltou a carregar novamente no <i>play</i> do seu gravador de chamadas, para se certificar que não tinha acabado de sonhar, escutando aquela mensagem pela segunda vez:<br />
<br />
<i>"Xavier, sabes quem está a falar?... hum?... sou eu, o Caetano... ficaste admirado? Deves estar branco por ouvir a minha voz, não? Como podes ver, não morri... quando quiseres matar alguém, fá-lo bem feito..."</i><br />
<br />
«Mas como podia estar vivo?» O plano tinha sido estudado até ao mais ínfimo pormenor: ficaria no escritório, até ser o último, com a desculpa de ter de preparar uma reunião para o dia seguinte; combinaria um encontro com Caetano numa estrada secundária, fora da cidade, para entregar o dinheiro das dívidas de jogo, o seu pecado original desde a sua adolescência; quando estivessem juntos, arrancar-lhe-ia a vida com a arma que tinha comprado a um marginal uns dias antes na Baixa; jazido, prostrado no chão, o corpo seria enfiado dentro de um plástico negro que traria consigo e abandonado num terreno baldio; por fim, regressaria para o seu escritório, como se aquelas duas horas de ausência nunca tivessem existido. Assim planeou, assim executou, sem sobressaltos ou imprevistos.<br />
<br />
Nas duas semanas seguintes ficou atento aos meios de comunicação, constatando para seu gáudio, que não haviam feito qualquer menção sobre o assunto. Regozijou-se com o feito e com a coragem demonstrada... até... até àquele momento em que a voz de Caetano ecoou novamente pelas quatro paredes da sua sala.<br />
<br />
Encheu o copo de <i>whisky</i> de malte, bebeu-o de um só trago, acendeu um cigarro, respirou fundo, pegou nas chaves do carro e saiu porta fora. «Tenho de ver com os meus próprios olhos que continuas morto.»<br />
<br />
Chegado ao local, estacionou o carro num ermo escuro, pegou numa lanterna e dirigiu-se, pelo meio da vegetação, até onde tinha deixado o corpo. Por momentos, ficou mais descansado quando encontrou o saco onde embrulhara o cadáver. Quando se preparava para abrir o saco, um barulho atrás de si sobressaltou-o, mas menos lesto que o agressor, não conseguiu evitar uma forte pancada na cabeça e caiu redondo no chão.<br />
<br />
Após alguns minutos inconsciente, entreabriu penosamente os seus olhos, ainda atordoado pela dor, deparando-se com a figura de Caetano debruçado sobre si.<br />
<br />
- Espantado por me ver, Xavier? - troçando com um ar irónico - Pensavas que te livrarias facilmente de mim - e num movimento preciso, golpeou-o com a sua navalha.<br />
<br />
Xavier sentiu algo afiado a entranhar-se na sua carne, o rasgo de dor, o pulsar do seu sangue, a agonia do corpo, a expressão de horror espelhado no seu rosto e a imagem ao seu redor a desvanecer-se lentamente. No seu último suspiro, antes de finar, interrogou-se como seria possível o seu plano ter falhado. <br />
<br />
Morreu, naquela noite, sem ter desconfiado que Caetano tinha um irmão gémeo.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14875974.post-22054173115278948712009-07-15T21:41:00.002+01:002009-07-15T21:48:58.952+01:00QUERCUS - Stop Global Warming<object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/P_9mjBUSDng&hl=pt-br&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/P_9mjBUSDng&hl=pt-br&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-14875974.post-89201559547062945462009-04-23T12:36:00.006+01:002009-04-23T12:59:33.954+01:00"Inspiração para Agir" by GreenpeaceO Dia da Terra foi criado em 1970, pelo Senador norte-americano Gaylord Nelson, que convocou o primeiro protesto nacional contra a poluição.<br /><br />A Greenpeace está a comemorar o dia da Terra com o lançamento do vídeo “Inspiração para Agir”. Espero que este vídeo vos inspire a agir.<br /><br /><object width="400" height="340"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/zVu9eawb1QY&hl=pt-br&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/zVu9eawb1QY&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="400" height="340"></embed></object><br /><br />Não deixem de visitar o site da Greenpeace para ficarem a conhecer as suas principais actividades em Portugal e no mundo: http://www.greenpeace.org/portugal/Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14875974.post-56077484239563546252009-04-09T14:59:00.004+01:002009-04-09T15:25:49.135+01:00Olha quem voltou!!!Após mais de um ano de ausência, regressei e como um bom filho sempre regressa a casa, espero que finalmente seja em definitivo.<br /><br />Deixei de sentir a necessidade de procurar por esse mundo o urso que há em mim (perceberam?) e quero voltar a retomar o hábito de postar o que me vai na alma, piadas - corrosivas de preferência –, curiosidades, esquisitices e muito, muito humor.<br /><br />Entretanto, eliminei uns posts que tinham como tema o anúncio da minha ida para Luanda e as crónicas que prometera escrever durante a minha estadia. Feitas as contas, em 2008 acabei por estar 2 meses em Luanda e nesse tempo em que lá estive nem um postezinho coloquei aqui, nem mesmo um simples “Gostei!!!”… shame on you, Hel. Mas como este ano vou ter de lá voltar, escreverei sobre Luanda nessa altura.<br /><br />Ora bem, vamos lá então. Queria reabrir este espaço com música como forma de festejar o meu regresso e decidi recorrer às minhas memórias para colocar aqui três das músicas que mais me marcaram nos tempos de criança pequerrucha e em particular as férias de Verão passadas com os meus avós. Quem estiver na casa dos trinta (eu não, mas ouvi dizer que sim) muito possivelmente irão reconhecer estes temas e de todo o sofrimento causado nas suas pessoas. Não digam que não avisei…<br /><br /><br />Fátima Ferreira - Adeus à Vida<br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/lODoQbZZ2eM&hl=pt-br&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/lODoQbZZ2eM&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br />Graciano Saga - Vem Devagar Emigrante<br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/_piSc0NMKGk&hl=pt-br&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/_piSc0NMKGk&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br />Trio Odmira - Anel de Noivado<br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/5rJBzJyqS08&hl=pt-br&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/5rJBzJyqS08&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-14875974.post-38692791781153029692008-01-25T13:01:00.000+00:002008-01-25T13:46:53.266+00:00Emergência Sem Meios (video)...Infelizmente, este caso real poderia ser muito bem um sketch qualquer dos Gato Fedorentos, mas não é...<br /><br />1ª Parte - Operadora do INEM a falar com um familiar da vítima.<br /><object width="425" height="355"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/88ukPcA55jI&rel=1"></param><param name="wmode" value="transparent"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/88ukPcA55jI&rel=1" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" width="425" height="355"></embed></object><br /><br />2ª Parte - Operadora do INEM a mover esforços para colocar uma ambulância na casa da vítima em Castedo.<br /><object width="425" height="355"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/MRDh-5aEKkg&rel=1"></param><param name="wmode" value="transparent"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/MRDh-5aEKkg&rel=1" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" width="425" height="355"></embed></object>Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-14875974.post-51498799167105064712007-12-06T16:44:00.001+00:002008-01-25T13:24:32.129+00:00Estamos Teleseguros?Antes de tudo, que fique este ponto claro, o meu objectivo não é o de querer ofender a instituição em questão, nem os responsáveis pela elaboração deste anúncio publicitário, no entanto, este spot publicitário é o retrato fiel do papel dos jovens na sociedade actual.<br /><br /><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='420' height='300' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dx8pbhYZEvQGqu52c_nkB3egsLQwqfbZj618kgHrnPYAQUaDXozzFdBm-FyLFpQyV7FDk925i-zmNo' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe><br /><br />Interpretação de um jovem que trabalha num Call Center:<br />"Sim senhor, sinto-me feliz – e até bato palmas - por ver o meu trabalho ser reconhecido por um cliente satisfeito… e que, após ter andado na universidade durante 5 anos, estando obrigado a pagar propinas exorbitantes para ter direito aos estudos, ter conseguido entrar num Call Center, a ganhar uns míseros 500€ mensais a recibos verdes... sinto-me mesmo feliz".Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-14875974.post-16785536087650474992007-12-05T16:17:00.002+00:002009-04-23T13:39:55.199+01:00Amália RodriguesUm dos momentos altos da minha vida foi ter tido a oportunidade de ter conhecido um dos maiores ícones de Portugal: Amália Rodrigues. Este encontro efémero ocorreu em Fevereiro de 1993 em pleno Aeroporto de Orly, Paris.<br /><br />Amália estava de partida para a nossa Pátria, enquanto que eu e os meus pais tinhamos acabado de chegar a um país totalmente estranho, para enfrentar um dos maiores desafios das nossas vidas (essa história terá o seu devido tratamento aqui no blog num futuro próximo).<br /><br />Após termos aterrado na pista e de sermos encaminhados para dentro do aeroporto, eu e os meus pais, de malas na mão, perdidos e desorientados no meio daquela imensidão de pessoas, tentávamos descobrir a saída, de forma a podermos encontrar os nossos familiares que, entretanto, se encontravam à nossa espera.<br /><br />No meio de todo aquele rebuliço, passa por nós Amália, com aquele charme triunfal, que só os “predestinados” conseguem possuir. A minha mãe, incrédula, apercebeu-se, e num misto de excitação e de perplexidade por a encontrar naquele lugar inóspito, deixou escapar bem alto “Olhem, é a Amália”.<br /><br />Amália ao ouvir o seu nome a ser evocado, parou de andar, rodopiou-se sobre si mesma e dirigiu-se a nós. Perguntou-nos a razão de estarmos ali. Ainda extasiados por a termos ali à nossa frente, os meus pais tentaram-lhe explicar em curtas palavras - mais com as emoções do que com as palavras -, a razão da nossa estadia em Paris. Visivelmente emocionada Amália olhou-me nos olhos, aproximou-se e abraçou-me num abraço apertado, depois segredou-me ao ouvido «Vai correr tudo bem. Vou rezar por ti». Dito isso, tirou para fora uma imensidão de santinhos que trazia ao peito e benzeu-me. Despediu-se de nós pela última vez e voltou a seguir o seu caminho. Talvez fosse o sinal necessário para que pudéssemos encarar esta etapa da nossa vida de uma forma positiva e esperançosa.<br /><br />Apesar de já não estar entre nós, quero deixar aqui registada uma homenagem à Amália, com um dos seus temas mais conhecidos, “Estranha forma de Vida”.<br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/uFgctURyGp4&hl=en&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/uFgctURyGp4&hl=en&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br />Foi por vontade de Deus<br />que eu vivo nesta ansiedade.<br />Que todos os ais são meus,<br />Que é toda a minha saudade.<br />Foi por vontade de Deus.<br /><br />Que estranha forma de vida<br />tem este meu coração:<br />vive de forma perdida;<br />Quem lhe daria o condão?<br />Que estranha forma de vida.<br /><br />Coração independente,<br />coração que não comando:<br />vive perdido entre a gente,<br />teimosamente sangrando,<br />coração independente.<br /><br />Eu não te acompanho mais:<br />para, deixa de bater.<br />Se não sabes aonde vais,<br />porque teimas em correr,<br />eu não te acompanho mais.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-14875974.post-51723948372223385382007-10-06T12:45:00.001+01:002007-10-08T12:31:50.773+01:00Peça "Conversas do Sofá" no Teatro BocageOntem à noite fui assistir à antestreia da Peça “Conversas do Sofá” no Teatro Bocage em Lisboa. É uma comédia descomplexada, divertida, onde existe uma forte interacção com o público e foca o eterno tema “A Guerra dos Sexos”. A não perder. Esta peça vai estar em cena duas vezes por semana (Sextas e Sábados às 21h30) até ao final do mês de Novembro.<br /><br />Um grande beijo para a minha amiga Samara Rainho que é um autêntico Tubarão em palco. Continua assim miúda…<br /><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/_murHrHGmoJM/Rwd1klteI7I/AAAAAAAAACI/vkZnnx7EgPA/s1600-h/cartaz_conversas_sofa2.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://2.bp.blogspot.com/_murHrHGmoJM/Rwd1klteI7I/AAAAAAAAACI/vkZnnx7EgPA/s400/cartaz_conversas_sofa2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5118188772988429234" /></a><br /><br /><br />"Ter sexo é como ir a uma festa chique, não interessa a posição, interessa é estar lá dentro!"Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14875974.post-71887826238384788382007-10-04T13:35:00.000+01:002007-10-05T18:38:34.374+01:00Homenagem...Conheci Patrícia em Setembro de 1987 no primeiro dia de aulas do 5º ano e desde muito cedo que criámos uma relação de amizade forte que foi sendo cimentada ao longo dos cinco anos em que fomos companheiros de turma.<br /><br /><em>Andávamos num colégio, nos arredores de Lisboa, cujo rigor e autoritarismo eram a bandeira da instituição. Em resposta à disciplina aplicada diariamente, a turma transformou-se numa espécie de irmandade, criando-se laços de amizade, de solidariedade e de união muito fortes. Ainda hoje consigo recordar-me com exactidão o nome de todas as pessoas que me acompanharam naqueles anos.<br /></em><br />A sua disposição alegre de sorriso fácil, puro, transparente e o seu olhar reluzente, cristalino que reflectia a pureza da sua alma, contagiavam qualquer pessoa… mesmo naqueles dias em que se encontrava mais cabisbaixa, tentando esconder a sua dor.<br /><br />- Que tens hoje Patrícia? - Perguntei-lhe tantas vezes ao longo desses cinco anos.<br /><br />- Nada. Sinto-me indisposta, só isso. Já passa. – Respondia-me de imediato, sorrindo-me.<br /><br />Em 1992, no último dia de aulas do 9º ano, muitos de nós tinham decidido que chegara o momento de deixar o colégio para enfrentar o ensino público, eu incluído. Assim, como forma de encerrar este capítulo, ficara assente a realização de uma festa de despedida entre todos os colegas (amigos) da turma.<br /><br />Já a festa se embalava ao som dos <em>slows</em>, quando eu e Patrícia, nos aproximámos timidamente um do outro e lhe perguntei se queria dançar. Acenou-me com a cabeça em sinal de concordância. Então, agarrados, um ao outro, deixamo-nos levar pelo espírito da dança.<br /><br />Enquanto dançávamos, perguntei-lhe se no futuro voltaríamos a ter uma oportunidade de dançar juntos novamente. Patricia não me respondeu e a noite avançou depressa…<br /><br />Meses depois soube que tinha ido viver com a mãe para o Algarve e dessa forma deixei de ter qualquer forma de contacto. O tempo, esse, calcorreou sem parar. Cresci, conheci novas pessoas, ganhei novas amizades e a Patrícia ficou a pertencer, somente, ao meu livro de memórias…<br /><br />Porém, alguns anos mais tarde, recebi uma carta sua a relatar como tinha sido a sua vida depois de ter ido viver para o Algarve. Descobrira por acaso o endereço da minha casa, numas arrumações que estava a fazer e decidiu escrever-me.<br /><br />Infelizmente, as notícias não eram nada animadoras. No meio do seu relato, contara-me que se encontrava muito doente e que o seu estado de saúde se estava agravar com o passar do tempo. Pensava também regressar em definitivo para Lisboa, de forma a poder estar mais perto do Hospital que estava acompanhar o seu caso.<br /><br />E assim foi. Pouco tempo depois Patrícia já se encontrava de volta a Lisboa e tivemos a oportunidade de nos encontrar novamente.<br /><br />Lembro-me como se fosse hoje, o reencontro, a minha reacção, o nosso estado de espírito.<br /><br />Toquei à porta receoso, sem saber o que esperar do outro lado. A porta entreabriu-se devagar e a sua imagem foi aparecendo pouco a pouco até ficarmos frente a frente.<br /><br />- Helder, estás tão diferente. Entra, vamos para o meu quarto. – o seu tom de voz sofrido sussurrava-me aos ouvidos.<br /><br />Aquela Patrícia que conhecia em tempos parecia-me já não existir mais, o brilho dos seus olhos escondia-se por trás da sua dor, o seu cansaço era visível e a sua passada lenta e arrastada.<br /><br />No seu quarto, “Angel song” dos Silence Four tocava baixinho, parecendo partilhar a sua dor.<br /><br />- Lembras-te quando andávamos na escola e que havia dias em que não me sentia bem? Foi-me diagnosticado na altura que tinha um problema nos pulmões. São um género de quistos pulmonares que fazem com que os meus pulmões se encham de líquido e, apesar dos tratamentos que tenho feito, não existe cura para o meu problema.<br /><br />- Quer dizer que…<br /><br />- Sim. – Interrompendo-me – sim, estou já na fase terminal da minha doença.<br /><br />Aquela frase foi uma estalada na minha alma. Ali, olhos nos olhos, sem saber o que dizer e o que fazer, fiquei imóvel, deixando escapar uma lágrima.<br /><br />- Helder, mas ainda vamos a tempo de uma última dança. – Deixando escapar o seu sorriso pela primeira vez. Sim, aquele sorriso era o sorriso que bem conhecia…<br /><br />Dançámos, conversámos, relembrámos histórias do passado e as horas daquela tarde foram-se consumindo a uma velocidade vertiginosa.<br /><br />No fim, antes de me despedir, ofereceu-me uma Bíblia com uma dedicatória sua. Essa Bíblia ainda se encontra na minha mesinha de cabeceira.<br /><br />Foi a última vez que a vi com vida. Patrícia Vilhena faleceu poucos dias depois, no dia 16 de Novembro de 1999.<br /><br />Ficarás para sempre no meu coração.Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-14875974.post-37221255044307091082007-09-12T20:56:00.000+01:002007-10-04T15:02:37.393+01:00"A Portuguesa" no Mundial Rugby 2007Foi simplesmente arrepiante observar os nossos "lobos" a vibrar com o nosso hino no passado Sábado contra a Escócia.<br /><object width="425" height="350"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/Oi0l3bx3gOc"></param><param name="wmode" value="transparent"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/Oi0l3bx3gOc" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" width="425" height="350"></embed></object><br /><br /><br />Força Portugal!Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-14875974.post-18339740787089653392007-08-18T20:36:00.000+01:002007-08-19T18:42:00.258+01:00As últimas...<a href="http://2.bp.blogspot.com/_murHrHGmoJM/RsiAUzyI0XI/AAAAAAAAACA/lnsWkhtAJoM/s1600-h/Fotografia+5.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5100467672983327090" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_murHrHGmoJM/RsiAUzyI0XI/AAAAAAAAACA/lnsWkhtAJoM/s400/Fotografia+5.JPG" border="0" /></a><br /><div>Estou a entrar na 4ª semana do curso “Master Technology in SAP” e estou a começar a desesperar com o desenfreado ritmo diário da formação, do acumular de dossiers no meu quarto (todos na língua da Sua Majestade) e da gritante falta de vontade em me debruçar sobre o assunto. Sinto-me cansado e de uma certa forma desmotivado. Talvez seja por não me lembrar da última vez em que tive de férias sem fazer nenhum…<br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_murHrHGmoJM/Rsh_uTyI0WI/AAAAAAAAAB4/XsaDtI1YDTE/s1600-h/Fotografia+5.JPG"></a></div><div><br />O único alento que tenho é de sentir que dei o passo certo para mudar o rumo profissional à minha vida. Sinto a pairar oportunidades que há tanto almejava que batessem à minha porta. Oportunidades essas que não chegaram quando conclui o curso de Gestão já no longínquo ano de 2001.<br /><br />Quando não penso no curso, tento distrair-me em casa com livros ou a mamar séries que entretanto tiro da Internet. Neste momento ando viciado na série NIP TUCK.<br /><br />Um dia destes voltarei em força com novos textos neste espaço, mas por ora, vou deixando aqui, somente, o meu testemunho sobre as últimas novidades de maior relevo.<br /><br />Entretanto, já só faltam 13 dias para fazer 30 anos (que para cúmulo deverá ser o dia do exame para a minha certificação do curso).</div>Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-14875974.post-11209322370466438072007-07-04T23:53:00.000+01:002007-09-25T13:59:56.732+01:00Encosta-te a mim... by Jorge Palma (Voo Nocturno 2007)<object width="325" height="250"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/Tu9HPz__3ys"></param><param name="wmode" value="transparent"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/Tu9HPz__3ys" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" width="425" height="350"></embed></object><br /><br />Jorge Palma, simplesmente um dos melhores intérpretes da música portuguesa.Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-14875974.post-27702785418795686372007-06-04T12:43:00.000+01:002007-06-04T12:45:23.150+01:00Projectos para o Verão...O blog tem estado parado. A inspiração de outrora encontra-se nesta fase adormecida.<br /><br />Aproveito, no entanto, para anunciar os meus novos projectos para este Verão. Assim, vou continuar a apostar na minha formação académica, tirando nos meses de Agosto e Setembro uma pós-graduação em SAP (Master in SAP Tecnhology). Esta nova vertente da minha formação vai ser direccionada para as Tecnologias de Informação e que, espero eu, vá possibilitar a abertura de novas oportunidades no mercado de trabalho.<br /><br />Desta feita, este Verão, ao contrário dos últimos anos, não vai haver viagens para ninguém. Se ainda conseguir meter o meu rabinho de molho nas águas de Carcavelos ou da Costa já me posso dar por satisfeito.<br /><br />Quero também, lá mais para o final de Setembro, dedicar uma parte do tempo aos meus hobbies, nomeadamente, iniciar-me no mundo da fotografia. Quem quiser contribuir para a nobre causa do “Comprem uma Reflex Nova para o Bighel” poderão fazê-lo através do envio de um mail, que terei todo o gosto em responder.<br /><br />E é já no mês de Agosto que passarei de jovem para “cota”. Até me custa a dizer «trin…trin…», soa melhor «vinte e dez…»Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-14875974.post-3802543673600993262007-04-16T13:09:00.000+01:002007-04-17T10:25:04.179+01:00A Promiscuidade dos Bons Costumes<a href="http://4.bp.blogspot.com/_murHrHGmoJM/RiNnwUQxZTI/AAAAAAAAAA8/TOLl40M-rag/s1600-h/LeideSalazar.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://4.bp.blogspot.com/_murHrHGmoJM/RiNnwUQxZTI/AAAAAAAAAA8/TOLl40M-rag/s400/LeideSalazar.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5053997286610265394" /></a><br />Do muito esterco que recebo diariamente no meu mail, caiu-me esta pérola maravilhosa pronta para ser delapidada aqui no meu blog.<br /><br />Devido à devassa sexual das gentes da Capital, que estava a atingir proporções gigantescas na década de 50, “a Câmara Municipal publicou a Portaria Nº 69.035, destinada a aumentar o policiamento em zonas então consideradas «quentes».<br /><br />Nesta portaria estava descriminado um rol de sanções a aplicar aos prevaricadores que fossem apanhados em flagrante no meio dos arbustos.<br /><br />Por exemplo, se duas pessoas que andassem de mãos dadas numa mata de Lisboa, seriam sancionadas por uma coima de 2$50… realmente compreende-se. Eu também ficaria chocado se tivesse num banco do jardim a dar milho aos pombos e passar por mim um casalito de mãos dadas. “Malvados, não têm vergonha na cara? Vão dar as mãos para casa! É uma pouca-vergonha, já não há respeito pelas pessoas!”, gritaria certamente. Se há coisas que vai contra a minha moral é ver duas pessoas de mãos dadas no meio da mata.<br /><br />Continuando…<br /><br />O que me faz confusão nesta notícia é que na década de 50, sem nunca se pronunciar nas palavras “malditas”, as pessoas já tinham uma cabecinha cheia de macaquinhos. O que me leva a interrogar como é que deverá ter sido a discussão na Câmara Municipal de Lisboa para determinar o valor das coimas a aplicar em cada situação.<br /><br />- Ora bem, isto é um problema sério que teremos de debelar o mais rápido possível. Quem acha que é mais grave: pôr a “mão naquilo” ou “aquilo na mão”? <br /><br />- Ó patraozinho, estamos com dúvidas. <br /><br />- Hum... Ó Ófelia, pode chegar aqui ao pé de nós? Aqui os meus companheiros de mesa estão com sérias dúvidas. Vou-lhe meter a “mão naquilo” e você irá meter “aquilo na mão”. O resto do pessoal observa e fica a tirar apontamentos. Certo?<br /><br />- Sim patraozinho.<br /><br />Passados 5 minutos…<br /><br />- Ó Patraozinho, isso de “com a língua naquilo” não estava previsto para esta reunião.<br /><br />- Calem-se e anotem.<br /><br />Não é que se alguém fosse apanhado “com a língua naquilo” teria de pagar a coima mais elevada, passar uns dias na prisão - juntamente com a escória da sociedade – e, para o vexame ser ainda maior, teria direito a um retrato, como recordação? <br /><br />Lá estou eu a imaginar o senhor guarda no seu labor profissional a ter de dizer "Não tira! Não tira! A fotografia está quase a sair".<br /><br />Será que foi assim que nasceu a revista “Gina”?Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-14875974.post-11975249896793654672007-04-04T10:44:00.000+01:002007-04-06T15:08:28.258+01:00Alexandre CaetanoTive o privilégio de conviver com este rapaz ainda nos tempos do ISCTE e fico muito feliz por saber que estará para breve o seu primeiro trabalho discográfico a solo. Uma pessoa que corre atrás dos seus sonhos tem minha total consideração. És o MAIOR!!!<br /><br />Aqui fica uma demonstração cabal das suas capacidades…<br /><br /><a href="http://vids.myspace.com/index.cfm?fuseaction=vids.individual&videoid=1613600966">THE WAVES OF LIFE VIDEOCLIP</a><br /><embed src="http://lads.myspace.com/videos/vplayer.swf" width="430" height="346" type="application/x-shockwave-flash" flashvars="m=1613600966&type=video"></embed><br /><br />Para quem quiser saber mais sobre o Alexandre Caetano poderá visitar a sua homepage no <a href="http://www.alexandrecaetano.com">http://www.alexandrecaetano.com</a>Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-14875974.post-85110065467139680122007-03-26T16:32:00.000+01:002007-03-26T19:17:35.135+01:00Um muito obrigado... meu Opel Corsa!<a href="http://3.bp.blogspot.com/_murHrHGmoJM/RggOLPbg4kI/AAAAAAAAAAw/5xMHf4PiP-I/s1600-h/Opel+Corsa.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5046298968751923778" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_murHrHGmoJM/RggOLPbg4kI/AAAAAAAAAAw/5xMHf4PiP-I/s400/Opel+Corsa.JPG" border="0" /></a><br /><div><span style="color:#c0c0c0;">Este fim-de-semana fica marcado pela separação definitiva entre o meu primeiro carro e eu. Não há volta a dar, a nossa relação vinha-se a deteriorar nos últimos meses, sendo esta ruptura inevitável e esperada. A partir deste momento, cada um escolherá o seu caminho, sem rancor, sem mágoa porque o tempo em que passámos juntos, esse, ninguém nos tira.<br /><br />É com saudosismo que recordo a primeira vez que te vi, naquele fim de tarde soalheiro, no já longínquo ano de 2000. Lembro-me como se fosse hoje, encostado num canto, sozinho, cabisbaixo, abandonado à sorte. “E aquele ali? Está à venda?”, apontando-te o dedo. “Tem mesmo a certeza? Já está aqui parado há alguns meses”, respondeu-me o vendedor. “Sim, tenho! Quero aquele carro.”<br /><br />Os primeiros tempos foram desafiadores para ambos. Ainda tinha pouca experiência a conduzir e tu estavas enferrujado pelo facto de teres estado tanto tempo parado. Tiveste tanto tempo parado, que, no primeiro Inverno nas minhas mãos, decidiste criar cogumelos em dias de maior humidade, de tal forma que passaste a ser uma atracção turística no seio dos meus amigos e conhecidos.<br /><br />Também algumas vezes deixaste-me ficar mal, não querendo trabalhar em sítios menos oportunos, como naquela vez, enquanto atalhava caminho pelo meio da Cova da Moura, teres decidido que ali era um bom local para ir abaixo e deixar de trabalhar.<br /><br />Lembras-te daquele dia em que o céu se transformou em trevas, desabando em cima de nós uma violenta tempestade? De vidros embaciados porque a sofagem há muito que deixara de funcionar, de um momento para o outro, em plena IC19, o motor do limpa pára-brisas cedeu e quase que caímos por uma ribanceira abaixo… recordações…<br /><br />Recordo-me do dinheiro que gastava mensalmente em óleo Norauto porque eras um glutão insaciável. Meu maroto, 1litro de 500 em 500 kms não te chegava… pedias sempre mais, mas para ti dava-te tudo…<br /><br />Foi contigo que aprendi o que era um motor a trabalhar a 3 cilindros, a improvisar os problemas mecânicos com braçadeiras de plástico, a mudar pneus furados, a conhecer pessoal da assistência técnica em viagem, o sistema corrupto das inspecções periódicas e a negociar com os vendedores de Ferro-velho…<br /><br />Mas o melhor das recordações foi aquele beijo que me permitiste trocar, em plena noite de Verão de lua cheia à beira mar plantado…<br /><br />Um muito obrigado… Opel Corsa!</span></div>Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-14875974.post-74253618843034895132007-02-27T15:59:00.000+00:002007-04-17T10:20:06.014+01:00Nudismo? Eu?<a href="http://1.bp.blogspot.com/_murHrHGmoJM/ReSF6KIaKuI/AAAAAAAAAAk/G7Z3enqhjU0/s1600-h/nudismo2.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5036297517505587938" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_murHrHGmoJM/ReSF6KIaKuI/AAAAAAAAAAk/G7Z3enqhjU0/s400/nudismo2.JPG" border="0" /></a> <span style="color:#cccccc;">Uma vez fiz nudismo integral numa praia da Comporta (pouco depois de Tróia), ainda era um catraio. Não estava mais ninguém sem ser eu, os meus pais e a minha irmãzita (bebé na altura) e devo ter ficado traumatizado com esse dia porque jamais consegui mostrar a brancura das minhas nádegas a mais alguém. O facto de os meus pais estarem também nus, não me ajudou em nada, pelo contrário. “Vamos jogar raquetes meu filho? Ou jogar à bola? Ou ir dar um mergulho?”. “Nã… deixa estar pai, prefiro estar aqui estendido ao torrão do sol a ler a banda desenhada do Patinhas…”. Só o facto de ter de me levantar para fazer qualquer coisa, aterrorizava-me… a sério.<br /><br />Lembro-me perfeitamente que um dos meus maiores receios na altura seria o de estar na água e que, num ápice, um tubarão me apanhasse desprevenido e… zás… lá ia o meu Sto António para o estômago do animal (é o nome que dou ao meu compincha, Sto António porque faz milagres…). Pronto, ok, afinal só tinha 11 anos e tinha ainda na retina o célebre filme “O TUBARÃO”, seria normal este medo irracional e, confesso também, que naquela altura não tinha nada que me pudesse orgulhar para poder mostrar numa praia… o Sto António ainda era muito “pequerruxinho”.<br /><br />Entretanto, quando cheguei à fase das sebosas borbulhas, o meu interesse por raparigas cresceu de forma exponencial, tal como o meu “companheiro de jornada” e as minhas primeiras idas à praia eram como um doce aroma de café da manhã, excitantes. “Olha-me só para aquela boazona… está descascada e tudo… comi-a toda…ui ui” comentávamos nós, mero grupo de adolescentes com a testosterona aos saltos. Foi aqui, nesta fase da minha vida, que percebi porque razão os homens, quando se deitam de barriga para baixo, têm de fazer um pequeno buraco na areia, mesmo na zona lombar… e também o de passarem muitas horas nessa mesma posição. De vez em quando, lá vão refrescar a máquina nas águas gélidas do oceano, mas logo depois voltam a colocar-se na mesmíssima posição a que estavam anteriormente. Se assim não fosse, muitos casamentos já estariam arruinados: “José Fonseca Silva da Costa Ferreira, porque é que tens a antena ligada a esta hora? Hum? E porque é que estás a olhar para aquela mulher com esse olhar de depravado? Hum?... “<br /><br />Já repararam que quanto mais fula está uma mulher, mais pelos nomes chama pelo marido? Quando está feliz trata por “Mor”; amuada “Zé”; zangada “José Fonseca”; quando está super chateada quando vê o marido a galar uma gaja trata por “José Fonseca Silva da Costa Ferreira”. É ou não é?<br /><br />Bem, voltando novamente ao ponto onde parei… nessa mesma altura fazia natação regularmente e era obrigado a partilhar o mesmo balneário com outros homens, na maioria muito mais velhos do que eu. Na hora do despir e do vestir era a festa da mangueira, andavam todos nus e aos pulinhos a fazer o aquecimento com “aquilo” a traulitar ora para cima para baixo ora para os lados. Na minha ideia era mais uma competição que havia entre eles para ver quem tinha o membro mais avantajado. Eu e os da minha geração competíamos na classe em quem tinha mais pêlos púbicos para a idade. Pensando bem, aquilo tudo era muito deprimente… preferia estar no balneário das raparigas, ainda tentei, mas não me deixaram… há com cada injustiça neste mundo…<br /><br />Após ter passado a febre das borbulhas sebentas, pensava eu que estava preparado para me despir quando quisesse e em que situação fosse, sem me preocupar muito com que as outras pessoas pensassem, no entanto, o meu corpo não parou de mudar, e após me terem desaparecido as borbulhas, surgiu-me um novo problema, o surgimento de pêlos em sítios inoportunos. Não percebo a função dos pêlos num Homem em pleno século XXI. Por exemplo, alguém me explica para que serve ter duas nádegas cobertas de pêlo? É para aquecer do frio? Não me parece. Até nos dedos dos pés nasceram-me três pelitos… só visto. Talvez as mulheres não compreendam a importância destes factos, como nós não compreendemos o facto de estarem sempre preocupadas com o peso. Mas não me parece que vá mostrar as minhas nádegas em público para ouvir comentários do tipo “Papá, olha-me aquele macaquinho ali a entrar na água… quero um igual para o Natal...”</span>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-14875974.post-90286518740593219922007-01-25T14:20:00.000+00:002007-02-27T23:32:35.467+00:00Curtas...<span style="color:#cccccc;">Há cerca de uma semana atrás saiu uma notícia em que se constatava que, de 2006 para 2005, teria havido uma redução significativa da sinistralidade rodoviária na cidade de Lisboa: menos acidentes, menos mortos e menos feridos graves. Porém, em contrapartida, houve um acréscimo no número de condutores apanhados com excesso de álcool no sangue no mesmo período.<br /><br />A única ilação que posso tirar deste estudo é que, de facto, as pessoas conduzem melhor bêbedas do que sóbrias.</span>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-14875974.post-70660358312766571962007-01-09T23:45:00.000+00:002007-02-27T23:32:52.390+00:00Interregno...<span style="color:#cccccc;">O tempo voa, ninguém tem dúvidas desse facto e estes últimos dois meses que passaram nem deu para sentir o cheiro à rabanada.<br /><br />Foram dois meses que, devido a questões profissionais, não me permitiram dar a merecida atenção a este pequenito refúgio que é o meu blog. Porém, voltei, voltei cheio de energia e de vontade, com novas histórias na mente, em pulgas de ser partilhadas para todos vós.<br /><br />Entretanto, peço, desde já, muitas desculpas à vasta audiência que vinha seguindo atentamente o meu trabalho: à Maria, ao Zé e ao Francisco e às sete pessoas que entraram por engano no meu blog pensando que aqui poderiam encontrar fotos de gajas boas. A todos as minhas desculpas!</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14875974.post-90810094879067314712006-11-09T16:58:00.000+00:002007-02-27T23:33:15.523+00:00Eu quero é ser o Bata Azul num Centro de Inspecção AutomóvelSe houvesse a possibilidade de fazer recuar o tempo até àquele momento em que somos obrigados de tomar a “tal decisão” em relação ao que queremos para o nosso futuro, sem dúvida que teria enveredado por uma profissão muito mais aliciante do que tenho actualmente.<br /><br />Se Deus tivesse pena de mim e permitisse esse tal milagre, a profissão a que me dedicaria de corpo e alma seria a de Inspector num Centro de Inspecção Automóvel.<br /><br />Não deverá haver nada mais emocionante do que dizer a um ricaço qualquer algo deste género: “Oh Sr. Dr. Visconde da Atalaia, o seu Ferrari chumbou na inspecção porque tem um CO2 acima do que está estabelecido. Faça favor de ir buscar a vinheta encarnada e terá de vir cá novamente num prazo de trinta dias”.<br /><br />Quem não teve ainda a experiência de ir a um Centro de Inspecção Automóvel? Como não tenho pais ricos e nunca fui ao BES, posso dizer que sou um assíduo nestas coisas.<br /><br />Levar o nosso carro a um centro de inspecção poderá ser das experiências mais humilhantes que nós poderemos ter no dia-a-dia. Anda um gajo a tentar não bater com o carro, a fazer revisões periodicamente e a gastar dinheiro para vir um indivíduo de bata azul dizer-me que o carro não passou na inspecção por isto ou por aquilo. Só dá vontade de pegar na moca que temos guardado no carro e dar-lhe na cabeça até ficar em sopa de tomate. Digam lá que não tenho razão?<br /><br />Vou contar a minha experiência de há dois anos…<br /><br />Já na véspera da ida ao Centro de Inspecção (último dia do prazo, obviamente) começava a nascer em mim uma certa ansiedade. «Como irá ser amanhã? Será que vai haver algum cabrãozeco que irá foder-me a vida?», eram perguntas que chocalhavam, então, no momento. Desculpem-me a linguagem utilizada, mas nos nossos pensamentos não conseguimos substituir os palavrões por beeeeeps de censura.<br /><br />No dia da inspecção, tento levantar-me o mais cedo possível para poder ser um dos primeiros a ser atendido, contudo, por norma, não somos os únicos a pensar assim e quando cheguei ao local, a azáfama de carros já era muita. O ambiente é gélido, vai-se preparando os documentos sem, no entanto, deixar de se reparar nos carros uns dos outros, de forma a avaliar as hipóteses de sucesso ou insucesso de passar na inspecção. «Tu com esse farolim assim já estás arrumado, vai é pra casa ó badameco, só estás é a empatar aqui um gajo», pensei eu após ter deitado a vista ao carro que estava à minha frente.<br /><br />Após a inscrição e um bom tempo de espera, lá ouvi o maquiavélico bata-azul a gritar pela matrícula do meu carro. Tinha chegado a hora. «Vá, mostra aquilo que vales, nada de fundires nenhuma lâmpada agora, nem borrares óleo pelo motor, e quando te meterem o tubo pelo escape acima, não tussas o catarro que tens dentro de ti. Se te portares bem, dou-te um super-aditivado de 98 octanas como prenda»<br /><br />O carro avança lentamente para o local… mostro-lhe o triângulo, os coletes, brinco com os pisca-pisca a pedido do gajo, ora para a direita ora para a esquerda, dou-lhe com mínimos, médios e máximos e, de seguida, faço umas acelerações para que possa medir o monóxido de carbono. Observa os cintos e, já na parte em que examinava o veículo por baixo, chama por mim para ir ter com ele. «Sim… que se passa?». «Tem aqui um tubo que está a apontar para o chão e que deixa cair resíduos provenientes do carro», enquanto apontava para uma coisa minúscula que se situava precisamente no meio do carro. Tão minúscula que fiquei sem saber se realmente a tinha visto ou não. Após essa observação, mandou-me subir para o carro. E pronto, tinha acabado a inspecção.<br /><br />«Então Sr. Inspector, o meu carro passou?», perguntei eu de imediato. «Faça o favor de ir lá dentro e esperar até que chamem por si», resmunga o bata-azul enquanto rabisca, pela última vez, os papéis que tem consigo. «Mas, mas… aquele tubinho minúsculo vai chumbar-me na inspecção?!?», voltei a interrogá-lo… sem resposta.<br /><br />Enquanto me dirigia ao sítio indicado, passei por um velhote de ar tristonho, ar de derrotado, com a vinheta escondida entre as mãos, ainda trémulas, tentando não mostrar aos outros a vergonha de ter uma vinheta vermelha nas suas mãos.<br /><br />Para se dar a vinheta vermelha é uma coisa rapidíssima e passados uns 2 minutos lá vinha o bata-azul, inchado, a indicar os motivos por ter chumbado o meu carro. O motivo tinha sido o tal tubo. O engraçado da história é que era a 5ª vez que ia à inspecção com o mesmo veículo, sempre no mesmo Centro, e nunca tinham detectado, até à data, tal anomalia… ou seja, o gajo andava à procura de festa. Por entre muitos rosnar de dentes, lá me calei e acabei por me ir embora.<br /><br />No mesmo dia enfiei uma rolha de cortiça no tal tubo e passados 15 dias o meu bogas passou imaculadamente na inspecção… com o mesmo bata-azul!<br /><br /><br /><br />Contudo, se queremos evitar este tipo de humilhações, poderemos optar por outras estratégias: ou pagamos a um mecânico para lá ir; ou entramos no jogo corrupto de pagar por fora a um desses bastardos; ou simplesmente não vamos à inspecção, sujeitos a sermos apanhados por algum geninho. No ano passado optei pelo caminho da corrupção. Num dos próximos posts irei contar-vos tudinho… não percam!Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14875974.post-1162458640208942382006-11-02T09:03:00.000+00:002007-02-27T23:33:37.186+00:00Humanos - Quero É Viver<span style="color:#999999;"><span style="color:#cccccc;">Estava a meio caminho da labuta, ainda meio ensonado, resignado pelas horas mal dormidas, pelo desenfrear do trânsito da 2ª circular e pelo tempo amorfo, ainda indeciso se iria chover ou fazer sol, quando comecei a escutar na rádio uma música dos Humanos, “Quero é Viver” e, de um momento para o outro, aquela letra de António Variações encheu-me de alegria para enfrentar mais este novo dia, que se adivinhava duro…<br /><br />E pouco me importando com os olhares incrédulos que se cruzavam, acompanhei o refrão, em plenos pulmões, cantando “Quero é viver”.<br /><br />Porque é que complicamos tanto a nossa vida? É tão simples querer viver…</span> </span><span style="color:#999999;"><br /><embed src="http://www.youtube.com/v/yG7334OWRkg" width="425" height="350" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent"></embed></span><br /><span style="color:#999999;"></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14875974.post-1122498855895518792005-07-27T22:05:00.000+01:002007-02-27T19:34:57.843+00:00Prólogo<div align="justify"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/3874/198/1600/imagem%20pequena.jpg"><span style="color:#cccccc;"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 169px; CURSOR: hand; HEIGHT: 126px" height="129" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/3874/198/320/imagem%20pequena.jpg" width="161" border="0" /></span></a><span style="color:#cccccc;"> </span><span style="font-family:Verdana;color:#cccccc;">Já há muito tempo que acompanho a evolução da <em>blogosfera</em> e da sua crescente importância no quotidiano das nossas vidas.<br /><br />Acho simplesmente fascinante poder encontrar pessoas que fazem questão de querer partilhar os seus sentimentos, as suas experiências vividas, os seus ideais, as suas inquietudes e medos a um sem número de desconhecidos, alguns seus amigos, mas na maioria, desconhecidos…<br /><br />Os <em>bloguistas</em> não sabem, e nem querem saber, os seus nomes, quem são, o que fazem, quais as suas motivações. Nada disso importa no mundo da <em>blogosfera</em>, querem simplesmente partilhar… nem que seja para uma só pessoa.<br /><br />Tentei, por várias vezes, nestes últimos três anos, fazer parte desta comunidade, tentando construir um <em>blog</em> à minha imagem - um <em>blog</em> que fosse sentido e verdadeiro, crítico, mordaz, corrosivo e controverso, todavia sempre apaladado com uns bons salpicos de humor para não provocar nenhuma congestão -. Porém, tentativas essas, acabaram sempre por sair goradas... ou por falta de tempo e disponibilidade ou, simplesmente, por não ter conseguido entregar-me de corpo e alma à minha escrita.<br /><br />Daí poder interrogar-me se, desta vez, as coisas poderão ser diferentes. Acredito que sim. Prometi a mim mesmo que iria direccionar todos os meus esforços para dar vida a este <em>blog</em>.<br /><br />A razão pela qual dei o titulo ao <em>blog</em> de “O Nada da Questão” é, sobretudo, porque tenciono abranger variadíssimos temas, que no fundo, não passam de meros “nadas” da nossa vida quotidiana, sem me restringir unicamente a um assunto, dando, deste modo, total liberdade à minha imaginação.<br /><br />Sejam bem-vindos ao mundo do BigHel!</span> </div><div align="center"><br /><span style="font-family:Verdana;color:#c0c0c0;"></span><br /></div><span style="font-family:Verdana;color:#c0c0c0;"></span><div align="right"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;color:#ffffff;"><span style="color:#cccccc;">"</span><span style="color:#cccccc;">Escrever é também não falar. É calar-se. É gritar sem ruído."<br /><em>Marguerite Duras</em></span></span></div><span style="font-family:Verdana;color:#cccccc;"><blockquote><span style="font-family:Verdana;color:#cccccc;"><blockquote><blockquote><span style="font-family:Verdana;color:#cccccc;"><blockquote><blockquote></span></span></span></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote></blockquote>Unknownnoreply@blogger.com4